Meningocócica Conjugada ACWY
A maioria dos casos de meningite meningocócica no mundo podem ser atribuídos a cinco principais sorogrupos, A, B, C, W-135 e Y, da bactéria causadora desta doença. A incidência dos sorogrupos variam de país para país, podendo mudar no decorrer do tempo.
De acordo com a OMS, a cada ano, cerca de 500.000 casos de doença meningocócica ocorrem em todo o mundo, causando em torno de 50.000 mortes. A doença meningocócica é repentina e de rápida progressão, podendo levar o paciente ao óbito em um intervalo de 24 a 48 horas.
No Brasil circulam os sorogrupos B, C, W-135 e Y, esta doença ocorre de forma endêmica e em surtos epidêmicos. Nesta última década, houve um crescente aumento do sorogrupo C e uma redução do número de casos pelo sorogrupo B; neste período, observou-se ainda um aumento dos casos pelos sorogrupos W-135 e Y, sendo que os dois juntos são responsáveis por cerca de 8-10% dos casos em alguns estados do Brasil. Atualmente o sorogrupo C é o mais prevalente.
Recentemente, duas vacinas conjugadas quadrivalentes da Novartis e da GlaxoSmithKline, com proteção para os sorogrupos A,C,W e Y foram licenciadas no Brasil para uso nas crianças, adolescentes e adultos. As vacinas quadrivalentes apresentam, portanto, proteção adicional para os sorogrupos A, Y e W além de conferir proteção para o sorogrupo C.
As vacinas conjugadas quadrivalentes da GSK e da Novartis foram licenciadas no Brasil para uso nas crianças acima de 1 e 2 anos de idade, respectivamente. No primeiro ano de vida, a partir dos dois meses de idade, recomenda-se a imunização primária contra a meningite meningocócica utilizando-se duas doses da vacina conjugada monovalente contra o sorogrupo C.
Também está recomendada uma dose de reforço no segundo ano de vida, entre 12 e 15 meses e, em virtude da rápida perda de proteção, recomenda-se outro reforço a partir de 5-6 anos de idade; ambos os reforços devem ser preferencialmente realizados utilizando-se a vacina meningocócica conjugada quadrivalente.
Esta vacina também está recomendada para os adolescentes com 11 anos de idade com uma dose de reforço aos 16 anos. Nos adultos, a vacina pode estar indicada uma ou mais doses; seu uso deve ser considerado na dependência da situação epidemiológica e da presença de comorbidades.